Se é em nossa
fraqueza que é manifestada a fortaleza de Deus, então essa fraqueza precisa ser
vivida, mas entenda de maneira correta o que é viver essa fraqueza, não é andar
no pecado, não é isso não. Andar na fraqueza do homem é andar com a consciência,
o tempo todo, que se depende de Deus e somente dele para estar de pé, em vitória,
é não esquecer-se um só segundo de que se somos o que somos, o somos por Jesus,
pelo cordeiro de Deus.
Muitos não aceitam
essa fraqueza, não a querem viver, uma máxima muito usada no mundo atual, nos
cursos de motivação profissional, nos livros de autoajuda, na psicologia, é “acredite
em si mesmo”, ou “você pode tudo”, ou ainda “seja positivo”. Não, não estou
aqui invalidando todos esses pensamentos, mas para o cristão tudo isso deve ser
consequência e não causa. A causa é Deus, conscientes de nossas fraquezas e
confiando totalmente em Deus podemos testemunhar que somo homens positivos,
autoconfiantes, vencedores.
Não aceitar a
fraqueza, que Deus mesmo permite que tenhamos para que as coisas sejam
colocadas nos lugares devidos, é perder a oportunidade de provar do poder e do
amor de Deus. O Diabo, pela boca de filósofos como Nietzsche, prega que essa
maneira de ver as coisas, a maneira do Evangelho, é coisa de “ovelha” fraca,
ovelha aqui usada da maneira como o filósofo citado achava que era ovelha,
dependente espiritualmente, preguiçosa intelectualmente. Bem, todos sabem sobre
a vida desse, que blasfemou tanto de Deus e do cristianismo, morreu só, doente,
e não compreendido mesmo por seus pares.
Vemos pessoas que
passam a vida lutando com enigmas pessoais: a prosperidade econômica que nunca chega,
o casamento que não acontece ou que se acontece nunca é satisfatório, os vícios
que nunca são vencidos, a sexualidade que não se acerta com aquilo que é chamado
de padrão pela sociedade, bem esses são alguns exemplos. Ocorre que muitos não
alcançam vitória nessas áreas porque simplesmente não assumem esses assuntos
como fraquezas. Buscam apoio mesmo em doutrinas equivocadas, chamadas de cristãs,
para tentar triunfar. Nisso não assumem fraquezas como fraquezas, já que
desejam a vitória a todo custo, consequentemente Deus não pode tomar as causas
em suas mãos e conceder o triunfo.
Por mais estranho
que pareça existem vitórias que Deus não quer dar, não da maneira como a gente
acha que sejam as vitórias. Então se buscarmos as vitórias, estaremos buscando
não de Deus, mas de nós mesmos e do Diabo, aquele que sempre recebe a honra por
algo que não é executado por Deus. Veja que essa glorificação satânica pode ser
feita de maneira inconsciente, já que poucos em sã consciência querem honrar o
inimigo. Mas isso ocorre naturalmente quando acreditamos que a vitória que
obtivemos advêm de nossas próprias forças, e não de Deus.
Essa vitória
buscada a qualquer preço acontece por orgulho, pela arrogância de não aceitar a
própria fraqueza, sim, porque viver com a consciência da fraqueza o tempo todo
nos coloca numa posição de humilhação, de humildade, muita gente não quer viver
assim. Mas qual é a disposição verdadeira do cristão senão a de ser servo dos
outros, preferir em honras os outros e não a si mesmo, de ouvir mais do que
falar? Não foram essas as atitudes de Cristo?
Não aceitar a
fraqueza e não aceitar o evangelho, é desconverter-se, é lutar uma batalha
eterna e sem vencedor. Espero que você que está lendo este texto esteja entendendo
o que o Espírito Santo está falando aos nossos corações, caso contrário ore e
peça a Deus sabedoria para entender. Não existe outra maneira de se viver o
evangelho que não seja o da humildade. Ser humilde é abrir mão de direitos, é
deixar de lado a razão, a inteligência, em prol do amor, da misericórdia, é
calar-se mesmo tendo na ponta da língua a resposta adequada, o argumento melhor.
Contudo, o melhor é que na nossa fraqueza é que Deus nos faz fortes, santos,
pacificadores, e é somente assim que o nome de Deus é glorificado.
“Bem-aventurados os que choram, pois serão
consolados. Bem-aventurados os humildes, pois herdarão a terra.”, Mateus
5:4-5.
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