Nessa ótica, a visão das músicas cantadas nas igrejas exalta a
atuação poderosa de Deus, dando o que os homens não podem ter, fazendo o que
eles tanto desejam e não podem fazer. Acredito que seja isso que essa geração
precise ouvir... acredito...
Contudo, e esse é o desejo de um cinquentão que se converteu nos
anos 1970, sinto falta de músicas cristãs que simplesmente agradecem a Deus por
Ele existir, por Ele cuidar de maneira fiel e tranquila das vidas de seus
filhos. Sinto falta de um louvor que agradeça, não pelos milagres poderosos que
foram realizados no deserto, mas simplesmente porque a figueira deu fruto, na
terra de Canaã.
Sinto falta de uma simplicidade madura, realista, nos louvores,
fruto de corações agradecidos pelas pequenas coisas. Sinto falta de encontros
emocionais mais nivelados, onde o racional também é abençoado, encontros que
permanecem muito tempo no coração, visto que falam de maneira profunda a homens
espirituais e não somente aos jovens da fé.
Segue uma das passagens mais poéticas da Bíblia, define exatamente
o clima dessa reflexão:
“Quando eu o ouvi, meu
ventre se comoveu, meus lábios tremeram diante do seu ruído; a fraqueza entrou
nos meus ossos, os meus passos vacilaram; aguardarei em silêncio o dia da
angústia que há de vir sobre o povo que nos oprime.
Ainda que a
figueira não floresça, nem haja fruto nas videiras; ainda que o produto da
oliveira falhe, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja
exterminado do estábulo e não haja gado nos currais; mesmo assim, eu me
alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a
minha força! Ele fará os meus pés como os da corça e me fará andar sobre os
meus lugares altos.
Ao regente de
música. Para instrumentos de cordas.”
Habacuque 3.16-19
.
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