Refletindo
mais uma vez sobre a música na igreja, nem vou falar que é necessário talento,
experiência e tudo isso ungido pelo Santo Espírito de Deus para que a música
seja útil ao povo de Deus como instrumento de adoração e consagração, às vezes
o levita tem os dois e ainda assim parece faltar alguma coisa. Vou falar de
algo, que é claro não substitui os elementos básicos que devem estar presentes
na chamada de um levita musical, mas que se existir, pode, se não ajudar na
ministração, não atrapalhar. Esse elemento é a simples e velha educação, e digo
educação social, nem é a musical.
Quando
ouvimos uma orquestra executando uma sinfonia, além de qualidade técnica, que às
vezes nem é preciso muito para tocar uma peça erudita, não nas partes
individuais, o que produz a beleza estética é isso, a educação, que já vem
escrita nas partituras. Esse cuidado o músico que toca de ouvido, precisa ter, é
o que dá equilíbrio ao arranjo, que faz com que todos os instrumentos e vozes
sejam ouvidos, sem que um confronte ou prejudique os outros.
(Veja
que não me refiro a algumas experiências de música moderna onde é intencional
que exista confrontos, confusões e desafinações, uma “bagunça” e uma liberdade
sonora que podem ter sua função e significado, me refiro aqui à música mais convencional,
de harmonia e ritmo digeríveis e com finalidade mais popular.)
Educação
social é que faz com que paremos de falar, quando o outro está falando, para
podermos ouvi-los melhor, ou então que falemos mais baixo, quando o outro grupo
está falando, para que todos possam conversar ao mesmo tempo. Isso acontece na execução
de uma sinfonia por uma orquestra quando cada instrumento toca na altura certa,
altura referindo-se à frequência, mais aguda e mais grave, de forma que todos
possam compor uma malha complexa e completa de sonoridades. O ritmo também é
importante, clichês rítmicos diferentes são executados, em lugares
diferentes, enriquecendo ainda mais a música, como um corpo onde cada membro
tem sua função desempenhada sem atrapalhar o outro membro.
Na
igreja, educação é importante principalmente para que a voz humana, o melhor e
mais completo instrumento, seja ouvido sem que nada o atrapalhe, isso nas
ministrações com a congregação, mas principalmente quando tocamos enquanto o
orador prega ou o ministro compartilha a adoração com a congregação sem
necessariamente estar cantando. O instrumentista deve aprender a tocar baixo, e
quando com outros instrumentos, a usar uma faixa de frequência (grave, média ou
aguda) diferente da do outro instrumento, assim também como usar um clichê rítmico
diferente dos clichês dos outros. Dessa forma todos aparecem, o arranjo não
fica pesado ou desequilibrado e a música como um todo fica plena.
Mas
na dúvida, como eu disse no início, se você não pode ajudar, pelo menos não
atrapalhe, se não estiver na unção e mesmo assim se atreveu a ministrar, ou então
se não tiver experiência musical suficiente, toque baixo e simples, na
humildade sempre existe honra, assim pode tocar o coração do Pai que colhe com
misericórdia o que se achega com o coração contrito.
Seguem dicas sobre como tocar com outros instrumentos:
1. não é porque se toca bem sozinho que se tocará bem em grupo, a visão é outra;
1. não é porque se toca bem sozinho que se tocará bem em grupo, a visão é outra;
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