“Então disse Moisés ao SENHOR: Ah, Senhor! Eu
nunca fui bom orador, nem antes, nem agora, que falaste ao teu servo, pois sou
pesado de boca e pesado de língua. E o SENHOR lhe respondeu: Quem faz a boca do
homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o
SENHOR? Então vai agora, e estarei com a tua boca e te ensinarei o que deves
falar.” (Êxodo 4.10-12).
Carisma
abre portas, mas não mantém essas portas abertas, não por muito tempo. Um belo
sorriso, uma voz agradável, beleza estética exterior, discursos comoventes, mesmo
gestos educados, nos acolhem a princípio com facilidade, afinal de contas quem
não quer ser bem recebido? Contudo, se não houver coerência entre palavras e ações,
entre o que se vende e o que se entrega, entre promessas e atitudes, entre cara
e coração, a desarmonia logo será percebida e quem a princípio comprou gato por
lebre logo se sentirá frustrado com a falsidade.
Carisma
e boa oratória são requisitos necessários para muitos ofícios. Vendedores, de
maneira geral, os utilizam para convencer seus clientes, políticos e
professores também podem usá-los, amantes os usam, naturalmente e sinceramente,
ou de forma inescrupulosa e manipuladora para seduzir almas carentes e solitárias.
Pastores e profetas podem ter esses quesitos, mas eles não podem representar requesitos
para que eles ministrem. Contudo, muitos usam somente esses quesitos como
ferramentas, esquecendo-se do principal: a unção de Deus.
“Irmãos, quando fui até vós, anunciando-vos o
mistério de Deus, não fui com linguagem pomposa nem de sabedoria. Pois resolvi
nada saber entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. Estive
convosco em fraqueza, em temor e em grande tremor. Minha linguagem e pregação
não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do
poder do Espírito, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, mas
no poder de Deus.” (I Coríntios 2.1-5).
A Bíblia
é maravilhosa e deveria ser vivida por tantos que a usam de forma inescrupulosa
nos cultos, por tantos que tentam seduzir pessoas para terem ministérios
grandiosos neste mundo com a finalidade de saciar suas vaidades e obter poder e
riquezas, e não realmente de salvar, curar e abençoar os pequeninos pelos quais
Jesus veio, morreu e ressuscitou. Espero sinceramente que antes do fim, antes
da igreja passar pelo menos por uma parte da grande tribulação na terra, quando
será necessária uma vida realmente perto de Deus para suportar as lutas, espero
que venha um verdadeiro avivamento. Espero um avivamento onde a santificação, o
quebrantamento e a humildade, comecem nos púlpitos, e depois alcancem os bancos,
até então muitos de nós continuarão ainda comprando gato por lebre.
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