domingo, fevereiro 09, 2014

Que a obra de Deus seja feita com liberdade, alegria e qualidade

Para que a obra de Deus através da igreja, nossos ministérios, a missão do reino de Deus, seja feita, eu destaco três aspectos:

Liberdade: a verdadeira liberdade, o povo de Deus só experimenta quando deixa o Egito, sai do deserto, não precisa entrar em Babilônia, e continua fiel e vitorioso em Canaã. Essas quatro regiões geográficas, por onde passaram a nação de Israel no antigo testamento, são simbologias de momentos espirituais que todos nós cristãos vivemos. É claro que existem experiências temporárias e curtas de cada um desses momentos, isso todos nós passamos, é necessário e importante que passemos, principalmente tendo em vista que a Canaã verdadeira é o céu, só habitaremos nele após a morte ou o arrebatamento.
Contudo, o crente fiel precisa entender que o plano ideal do Senhor para a sua vida é que ele viva na maior parte do tempo num “momento Canaã”, vamos chamar assim. Veja que em cada um dos outros três momentos, seja no Egito, no deserto ou em Babilônia, o escolhido do Senhor experimenta a providência e os milagres de Deus. Contudo, em Canaã as coisas são diferentes, nela nem há necessidade de grandes milagres, de exceções de Deus, em Canaã o povo do Senhor pode experimentar a maior bênção que se tem nesse mundo: viver com boa saúde, física, mental e espiritual, ter um trabalho honesto e poder sustentar sua família com os frutos desse trabalho, andando no temor de Deus e testemunhando dele às nações. A obra de Deus deve ser feita antes de qualquer coisa, em Canaã, na fidelidade e não na disciplina, que é Babilônia (pelo Egito e pelo deserto todos passamos, mas Babilônia só passa o rebelde). Se você estiver na disciplina acerte-se o mais depressa possível para sair dela e poder servir melhor a Deus.

Alegria: não qualquer alegria, mas a do Espírito Santo, aquela que vem da unção de Deus, a obra de Deus só pode ser feita pelo próprio Deus, não são os homens que a fazem, mesmo que munidos de toda boa intenção e esforço. Isso pode ser feito, equivocadamente, por um tempo até, contudo, num determinado momento as forças humanas acabam e só o poder o Espírito Santo, vindo através de uma experiência pentecostal do batismo do Espírito, revelando-se através dos dons espirituais e manifestando-se através de frutos, pode executar a obra de Deus com legitimidade. Se outra pessoa, que não seja o próprio Deus através dos homens, fizer essa obra, será falsa e não será feita com alegria. A alegria do Senhor é a nossa força maior e com ela não existe frustração ou perda de valores reais. Se a obra pesa é porque não está sendo feita pelo Espírito Santo e sendo assim não trará alegria. Será que perdemos a alegria de fazer a obra?

Qualidade: qualidade só se adquire com maturidade, jovens espirituais podem e devem fazer a obra, mas só a constância e a maturação darão à obra de Deus qualidade. Na qualidade não se perde o foco das prioridades da obra. Uma obra de qualidade atinge no alvo o centro da vontade de Deus, conquista frutos e frutos que permanecem. Qual é o centro da vontade de Deus para nossas vidas? Mais que adoração dentro dos templos, mais que oração constante, além da santidade, a vontade de Deus é que o nome de Jesus seja pregado como o único salvador, que o “ide” seja cumprido. Na verdade adoração, oração e santidade ganham força e legitimidade à medida que almas são salvas, curadas e edificadas. Uma obra de Deus de qualidade contempla esse foco e não o perde. Não podemos ser crianças espirituais para sempre, mesmo que esforçados e trabalhadores. Como crianças, a obra de Deus sempre será sem qualidade, sempre fácil de perder o foco.

A liberdade do povo que está em Canaã, livre das cargas do faraó, da morte do deserto ou das afrontas da Babilônia, com a alegria do Espírito Santo, batizados com ele, cheios dele, e com a qualidade de quem não perde nunca o foco, como crente maduro que é, esses três aspectos devem fundamentar a obra que Deus quer realizar através de nossas vidas.

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