quinta-feira, agosto 07, 2014

Mais que tudo: um pai

O desejo natural que todas as pessoas têm pelas coisas espirituais, que nos leva a ter imaginação, a criar e viajar na ficção, assim como buscar explicações metafísicas para vida, na natureza e no universo, é algo que só pode ser suprido com um relacionamento verdadeiro e completo com Deus. Por que então as pessoas preferem ciência, filosofia, esoterismos e astrologia?
Porque esses caminhos parecem saciar esse desejo de uma forma impessoal, com relação a Deus, é como querer conhecer a casa da pessoa enquanto a pessoa não está em casa. Mas isso não é e não pode ser algo legítimo, honesto, já que entrar na casa de alguém com esse alguém ausente, é crime, roubo, invasão de domicílio. Ocorre também que os lugares mais íntimos dessa casa estão trancados à chave, só o dono pode abrir.
Contudo, as pessoas preferem esse caminho justamente porque é impessoal, já que a identidade e a vontade de Deus, que podem revelar todos os mistérios sobre tudo, só podem ser conhecidos com um relacionamento íntimo com Deus. Isso não é somente um conhecimento intelectual, a experiência espiritual verdadeira não é assim, ela implica em comunhão moral e afetiva, ela muda antes o espírito, depois o coração, para então se comunicar com a mente.
Não se pode conhecer a Deus e o mundo espiritual sem se envolver de maneira mais profunda com ele. Não se pode simplesmente pagar por aulas particulares e avulsas de Deus, tem que se deixar ser adotado por ele e permitir que ele seja mais que professor, um pai.
Podem ter certeza, ladrões de mistérios, em seus crimes, vocês têm uma visão limitada e distorcida, daquilo que é a verdade sobre a existência, só em Deus existe alimento para a fome espiritual que todo ser humano tem. Mas para isso o orgulho, a arrogância, o egoísmo, a auto suficiência, têm que ser vencidos, para que Deus se torne não somente um guru, um mestre, um guia, ou uma energia superior que seja, mas um pai, pessoal, íntimo e absolutamente próximo: morando dentro do coração do homem.

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