domingo, janeiro 04, 2015

Estamos realmente adorando?

        "No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de seu manto enchiam o templo. Acima dele havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam.

        E clamavam uns aos outros: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E as bases das portas tremeram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.

        Então eu disse: Ai de mim! Estou perdido; porque sou homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos! Então, um dos serafins voou até mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz; e tocou-me a boca com a brasa e disse: Agora isto tocou os teus lábios; a tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado.

        Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? Quem irá por nós? Eu disse: Aqui estou eu, envia-me." 
Isaías 6.1-8
        
      Envolvimento intelectual, sim, entendendo o que se canta e cantando letras bíblicas. Envolvimento emocional, sentindo o que se canta, e um sentimento que nos leva à lucidez, à vitória. Envolvimento espiritual, numa experiência que nos confronta com a santidade de Deus, e que nos encaminha à responsabilidade de compartilhar isso com as outras pessoas. 
          Isso ocorreu como Isaías, ele buscou, achou, temeu a santidade de Deus experimentada, recebeu perdão, e obedeceu a responsabilidade entendida de levar isso aos outros. "Santo, santo, santo", a experiência mais profunda e verdadeira de adoração que alguém pode ter. Primeiramente se entende, com a inteligência intelectual, depois se sente, fazendo descer ao coração aquilo que está na mente, se isso acontece as portas espirituais podem se abrir para uma interação completa com Deus.
             Mas não basta sentir, para legitimar algo como divino, tem muita gente sentindo, e sentindo bastante, e achando até, por isso mesmo, que vem de Deus, mas não vem. Na verdade o que começa errado, nunca terminará certo. Tem que começar na palavra de Deus, na Bíblia, em Jesus, que é o verbo de Deus, sentindo isso com sinceridade e sem timidez, nos levará a uma comunhão espiritual com Deus.
           A mente deve funcionar como um filtro inicial, checando se o que está sendo proposto é bílico, seja adoração ou pregação (ou ensino, ou profecia...), ela não pode ser desprezada e nem usada de forma radical, o falso pentecostalismo e o tradicionalismo frio nascem desses dois extremos. O falso pentecostalismo leva à insanidade, a um emocionalismo barato e carnal, o tradicionalismo frio mata o Espírito, glorificando ao ego de forma silenciosa e arrogante.
        Respondamos com sinceridade: esses três tipos de envolvimentos estão ocorrendo em nossa adoração? Só experimentamos tudo o que Deus quer nos dar através da adoração, quando ela é provada nessas três instâncias. A adoração verdadeira acerta o centro do coração de Deus e traz a seus filhos cura, mental, psicológica, física e espiritual, já que ela põe o homem para desempenhar sua principal vocação, adorar a seu Senhor. Mas isso não torna o homem passivo, antes o põe ativamente disponível para levar a comunhão que sentiu aos outros: "Aqui estou eu, envia-me". 

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