quarta-feira, junho 10, 2015

A doce dor de ser pai

        "Porque também Cristo morreu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; morto na carne, mas vivificado pelo Espírito" I Pedro 3.18

        Talvez o mais doce sofrimento que um homem pode ter neste mundo, o único que o transforma, o faz amadurecer de verdade, anula, pelo menos um pouco, sua natureza egoística e vaidosa, é a dor que como pai ou mãe, ele possa vir a passar pelos seus filhos. Sofrimento que se experimenta na solidão e no anonimato, desejando o melhor para o futuro de seres que vieram a existir por vontade nossa, não deles. Dor que se sente querendo  de todo o coração que crianças e jovens inocentes, criados com o nosso melhor, não passem pelo que passamos, não demorem tanto para serem felizes, como nós tantas vezes demoramos, mas que façam as melhores escolhas a tempo de desfrutarem de paz e vitória. 
      Não, isso está incomensuravelmente longe do preço que Deus pagou entregando seu filho por pecadores, e é incomparável com o sofrimento que Cristo padeceu ainda enquanto vivo, sabendo da morte que passaria, do desprezo, covardia e injustiça que seria submetido. Nós, que somos pais, sintamos-nos honrados por padecer tal dor, não como vítimas, mas como privilegiados que optaram por isso, isso só nos aproximará mais de Deus, nos tornará homens e mulheres crescidos, e deixará neste mundo a única maneira de nos imortalizar, nossa maior herança, nossos filhos.

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