quinta-feira, junho 30, 2016

Contra o que nós nos levantamos

      Talvez algumas pessoas que leem as postagens desse blog, digam que aqui criticamos demais, que é injusto, que é farisaísmo, que todos erram e ninguém é perfeito. Sim, todos erram, isso é fato, este que está escrevendo esta reflexão sabe muito bem disso, contudo, é preciso diferenciar algumas coisas.
      Uma coisa é perder o controle de vez em quando, no trânsito, em casa, ficar nervoso. Uma coisa é cair na sedução de certos apetites canais de vez em quando, a área sexual é luta constante para todos, principalmente num mundo onde tudo é fácil, permitido e gratuito. Sim, esses são os pecados do dia a dia de quem vive neste planeta, aos quais todos estamos sujeitos, e para os quais há perdão na oração constante e no sangue de Cristo.
      Contudo, quem planeja algo errado, por tempos, põe esse plano em ação e o mantém, a despeito daquilo que a voz do Espírito fala, porque o Espírito sempre fala, esse deve ser desmascarado e é sobre esse que falamos aqui. Tenho bastante misericórdia de cristãos, mesmos pastores, com vida afetiva mal resolvida, com casamento desfeitos, mesmo com traições, sim, podem ser pecados, e devem ser tratados como tais. Mas quem viveu sabe que a vida não é tão simples, principalmente com relação à relações, quantos de nós se casam pelos motivos errados e arrastam por anos casamento infelizes.
      Mas o que criticamos aqui não é a humanidade de todos nós, mas a heresia de criar e manter igrejas que dizem agir em nome de Deus, quando Deus não está no negócio, e sabemos quando Deus não está no negócio porque a profecia não se cumpre, porque a unção é apenas emocionalismo imaturo, porque o avivamento é apenas música bem tocada e cantada, com as faculdades da carne, e não realmente como ferramenta do Espírito Santo que transforma, salva e santifica as pessoas para no final, subir como oferta agradável de louvor a Deus.
      É contra isso que falamos, contra ministérios-empresas, que acontecem principalmente no meio chamado pentecostal evangélico, seja o pentecostal tradicional, seja o neo-pentecostal. No meio tradicional protestante, o problema é outro, mas esse meio pouco tem crescido, pouca diferença, em termos de quantidade, tem feito na sociedade brasileira, e digo isso com tristeza, porque esse meio apesar da frieza espiritual ainda ensina uma palavra mais bíblica, o meio tradicional protestante perdeu o último mover de Deus, e em muitas igrejas, conduz a obra nas forças humanas.
      Mas algo precisa ser feito, eu repito, e os descontentes, ao invés de ficarem só criticando precisam ter a coragem de buscar a Deus e viver o verdadeiro evangelho, permitindo o nascimento de igrejas realmente vivas e diferentes do que tem por aí em sua maioria. A Igreja precisa se levantar realmente como corpo de Cristo, sincera, simples, santa, despida de qualquer segunda intenção de ganância financeira ou engrandecimento de ego de pregador ou músico. Nas igrejas evangélicas atuais, o homem tem que diminuir, para que Cristo apareça de verdade, só assim Jesus encontrará no arrebatamento uma Igreja pronta pra subir.

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