sábado, julho 02, 2016

Santidade, amor e fé

      Santidade é fidelidade, amor é paciência e fé é descanso, três reflexões que já fiz aqui, mas sinto de repetir, salientando alguns pontos. Como virtudes importantes que são, que refletem a essência da vida espiritual que agrada a Deus, são justamente as mais simuladas pela carne. Se forem realmente espirituais, glorificarão a Deus ao mesmo tempo que Deus habilitará o homem para experimentá-las em verdade. Se forem imitações humanas, honrarão o homem e não resistirão ao tempo, visto que o homem não tem forças para mantê-las.
      Santidade é fidelidade, isso implica em alianças, com Deus, com as pessoas com o trabalho, isso move o homem a se relacionar e a tratar pessoas e coisas com justiça, isso é santidade que glorifica a Deus, é virtude espiritual. A simulação da carne faz justamente o contrário, ao invés de aproximar, distancia, os que tentam ser santos com as foras humanas recorrem a mosteiros, conventos, lugares de reclusão e isolamento. Cometem o equívoco de achar que o pecado está nas pessoas, no mundo, fora do homem, o pecado está no coração, mesmo no alto do Tibete, enclausurado, a carne lutará contra o espírito levando o homem a pecar impedindo qualquer possibilidade de santidade.
      Amor é paciência, isso implica em tempo, e novamente nas alianças. Por que em tempo? Amar é resistir ao egoísmo, as necessidades de pessoais de vaidade, a dominar e elevar-se. Não é algo que se executa num ato de paixão carnal, a paixão sempre acaba, mesmo a mais sincera e genuína delas. O amor resiste ao tempo, transforma o homem de maneira que seu ego fique em segundo plano, para que o outro seja considerado, honrado, cuidado, perdoado, amado. Quem diz que ama, mas não sabe dar tempo para as pessoas, para Deus, quem diz que ama, mas não tem paciência, mesmo consigo próprio, não ama, nem aos outros, nem a Deus, nem a si mesmo.
      Fé é descanso, não é força, e de novo aliança. Quando se acredite em alguém, se descansa na palavra que alguém disse, quando se crê em Deus, a mente se aquieta, o coração se acalma, as próprias forças cessam, para que a força do objeto em que se crê realize sua vontade, mesmo que seja só uma promessa. Por não ser força, não é melhor por ser grande, mas é efetiva, por ser certa, segura. Quem crê em Deus confia que ele vai fazer, indiferente da força que o crente tem, dos créditos que o crédulo possui, já que o que Deus pode fazer pelo homem não tem preço, qualquer sacrifício que o homem fizer será inútil como pagamento para que deus aja, basta-se apenas crer e descansar.
      Ainda há muito a se aprender sobre santidade, amor e fé, vamos caminhando e conversando com Deus, através de Jesus o Espírito Santo é suficiente para nos ensinar a sabedoria que os sábios, filósofos, cientistas e artistas desse mundo, não sabem, e que Deus nos revela aos poucos, porque ele é fiel, tem paciência e acredita em nós, muito mais do que pensamos ou imaginamos. 

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