sábado, março 18, 2017

O meio não justifica os fins

     "A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores." Provérbios 10.22

      "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12.2

      Aquilo que da palavra viva do Espírito Santo de Deus foi registrado na Bíblia, é para todos. Homens e mulheres, novos nascidos ou não, de todos os tempos e lugares, podem ser abençoados por essa palavra. Contudo, só o convertido, com uma experiência clara e decisiva de novo nascimento, tem o direito, obtido na cruz por Cristo, de usufruir as bênçãos da palavra em todo o tempo e em toda as suas abrangências.
   É preciso ter uma vida de comunhão com Deus e de reais frutos espirituais, para realmente ser protegido pela palavra. Usar textos bíblicos como palavra mágica, de proteção contra o mal, deixar Bíblia aberta no Salmo 91 ou outro texto, assim como usar ícones físicos do cristianismo, como a cruz, não são utilizações ligítimas da palavra. Deus não abençoa pessoas que fazem essas utilizações equivocadas? Sim, abençoa, mas não tanto quanto pode. Quem põe o limite é o homem, não Deus.
      Como vemos versículos bíblicos em redes sociais virtuais, hoje em dia, junto de frases de filósofos, escritores, artistas e mesmo personagens de religiões esotéricas, espiritualistas, etc. Muitos, mesmo que se autodenominam cristãos, não sabem o verdadeiro valor da palavra, a colocam no mesmo nivel de letras de músicas sertanejas.
      A verdade é que só os que têm uma experiência de novo nascimento, que foram lavados pelo sangue de Jesus e selados com o Santo Espírito, podem entender, usar e serem abençoados pela palavra de Deus, que é mais que um conjunto de leis morais ou conjurações de proteção e libertação, é vida e vida em abundância.
      A igreja católica é uma grande responsável pelo uso indevido da palavra de Deus. Com o intuito de ter monopólio religioso, político e mesmo econômico no mundo, batiza crianças que não têm discernimento intelectual e espiritual para se decidirem pelo evangelho. Na verdade, as crianças, seres humanos que ainda não atingiram a idade do juízo (que acontece na adolescência), nem precisam de batismo ou de uma decisão pública, são salvas porque ainda não conheceram o pecado.
     Assim, batizados pelo romanismo, reforçam a crença de que todo ser humano é filho de Deus, logo não precisam nascer de novo. Aliás, o pensamento equivocado de que todo caminho leva a Deus, de que religiões são óticas de janelas diferentes de uma mesma casa, para a mesma verdade localizada dentro dessa casa, só serve para nivelar a palavra de Deus na mesma altura de outras palavras. Essas palavras, se não são invenções da mente complexa e fantasiosa dos homens, são revelações enganosas de demônios e anjos caídos.
      Os textos bíblicos que citei no início desta reflexão, que falam sobre a paz e a agradável vontade de Deus que nós, seres humanos, podemos provar, falam de privilégios só dos realmente nascidos de novo, não os use em vão. Caso contrário veremos a hipocrisia e as incoerências tão presentes nas redes sociais atualmente: numa postagem um texto bíblico e na outra, um texto espírita ou uma foto da pessoa na balada em situação e vestes pouco condizentes com um novo convertido de fato. Se o fim não justifica os meios, o meio também não justifica os fins.

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